quinta-feira, 4 de agosto de 2011

The Fight Slave



Já faz muito tempo. Nasci em uma família pobre como a maioria dos habitantes de Torvalds. Meu pai era um trabalhador do couro, minha mãe uma costureira. Nasci o terceiro de cinco irmãos. Desde cedo aprendemos o oficio de meu pai, e as artes da luta. Treinávamos entre nos mesmos com machados de madeira, lanças. Aprendemos cedo a pesca de baleias, a leitura das runas e a sobreviver no frio de Hunjer.
Quando criança eu costumava ir nos navios de pesca, para ver as baleias. Muitas vezes eram elas que nos alimentavam por todo o inverno. Tirávamos óleo, gordura, carne. Cedo descobríamos os agrados de uma bond aos jarls do norte, assim como cedo passávamos a acompanhar os Jarls em pilhagens. Foi assim comigo. Sempre fui bom na luta corpo a corpo. Partíamos nos drakkars deixando para trás o vilarejo. Eram meses em alto thassa pilhando embarcações na rota para o sul. Entravamos em cidades costeiras e não deixávamos pedra sobre pedra. Mulheres que eram violadas e colarizadas, prisioneiros de guerra que se tornavam thralls, a fartura do sul que enxia os porões dos Drakkars de volta para casa.
Até que um dia, lembro-me como se fosse hoje, pensamos em pilhar algo maior. Sabíamos que quando o frenzy de odin nos tomava, éramos invencíveis. Aportamos em Cardonicus e a batalha tinha inicio. Não contamos com a ajuda enviada por Piedmont. O sangue lavava as pedras das vielas daquela cidade quando derrubávamos portas para tomar moradores como escravos. Os Rarii surgiam, a luta se tornava ainda mais sangrenta, um a um os nortenhos foram caindo. Eu cai. Recebi das mãos dos meus inimigos um colar escravo e dias de tortura e castigo. Alguns de nós não resistiram as barbáries. Perdi amigos de infância, tios, meu pai e dois irmãos.
Os dias que se seguiram era de total incerteza do fim que teríamos. Ate escutarmos os murmúrios de uma audição de escravos.
Na manhã seguinte os carcereiros nos levaram para fora. Foram dias e dias sem ter a graça de ver o lar torvis e que agora castigava nossas vistas. Fomos acorrentados uns aos outros e seguíamos para o palco da audição dos escravos. Haviam bonds, kajiras, presas aos postes, exibidas enquanto o preço por cada uma era dada. Meu lote era levado para a exibição. Com o chicote éramos forçados a exibir o corpo nu. Tínhamos os dentes expostos, a força dos braços, cabelos. Examinados como se examinam bosks pro abate. Fui adquirido por um fazendeiro de Vonda. E sob as correntes levados para a casa onde iria pertencer. E cada dia da minha vida eu elaborava novas formas de fugir. Em Vonda fui colocado para os trabalhos da fazenda, até o dia em que o dono do lugar fora desafido em um desses jogos. Por diversão estipulava lutas entre os escravos. Havia tanta raiva guardada em mim, que no primeiro momento que me jogaram na roda, precisaram prender minhas correntes à carroça do bosk e puxar para que eu saísse de cima de três escravos. O Fazendeiro descobriu ali, uma forma de ganhar dinheiro. Minha alimentação fora alterada, os trabalhos braçais aumentados, e dois dias antes das lutas eu era poupado. Era levado para a roda preso a correntes que não eram soltas durante a luta. Era a única forma de conter meu frenzy. Quando os bosks puxavam a carroça esticando todos os meus membros e me arrancando de cima dos inimigos na esperança vã de que algum tivesse vida. As vitórias da fazenda foram se acumulando, o fazendeiro ganhando nome e reconhecimento. As lutas com mais e mais expectadores.
Um dia, uma caravana com o emblema de AR chegou a fazenda. Os rarii paravam junto a minha cela como se avaliassem um bicho. Era isso que eu era. Um animal pronto para matar ou morrer. No amanhecer do dia, me puxaram para fora. Havia outra luta e fui levado para a roda pelas carroças. Entre os expectadores um homem de capa vermelha estava sentado junto ao dono da fazenda. Assistia cada luta dos escravos, inclusive a minha. Novamente o chão de terra era tingido pelo sangue dos escravos que lutavam comigo. A selvageria do frenzy me tomava e nenhum inimigo era deixado de pé. As carroças me puxaram mais uma vez, e fui levado para a cela. A noite fora de festividade e uma escrava me fora dada pela vitória. Na manhã seguinte os Rarii vieram para minha cela. Prenderam as correntes diminuindo ainda mais o espaço entre elas. As correntes foram presas ao colar e fui colocado em uma cela. Era o fim de minha temporada em Vonda. Estava partindo para AR. Como um dos escravos de luta de Gaius de Ar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário